quando regresso a casa, cada tarde,
a minha tristeza sai da alcova dela,
com a sua capa,
começa a seguir-me:
se caminho, caminha,
se me sento, senta-se,
se choro, chora com o meu pranto
até à meia noite. e nos cansamos.
então, vejo que a minha tristeza
entra na cozinha,
abre a porta da geleira
tira um pedaço escuro de carne
e prepara-me o jantar.
Sem comentários:
Enviar um comentário