quinta-feira, 16 de julho de 2015

Postcard from heaven (que é no caminho do Guincho)

- Está tanto vento!  vamos fugir e construir  um esconderijo anti-vento. Um refúgio de onde possamos  avistá-lo, perdido de um lado para o outro, e senti-lo a  rosnar danado às ervinhas secas e às  canas tenras .
O vento a nós não os pega. Estaremos ocupados.

eu não sei lidar com isso



terça-feira, 7 de julho de 2015

Linda a Velha

senti-me viva e feliz
e também miserável!

Trolhas



"O almoço do Trolha" Júlio Pomar

Papinha para os entrepeneurs, marmita fria aos trolhas!
Que bem cheira um entrepeneur,
vai-te lavar, trolha!
Se te perguntarem: -como vai a obra?
não digas nada, deixa falar o entrepeneur!
Café com aroma de caramelo, o trolha não gosta, -só café, café! diz ele! ,
bronco que, és trolha!
O trolha é invisível. Nasce betão, mais betão... e o trolha cadê?
Ninguém te vê!
Alguém conhece uma boutique de roupa para trolhas?  um perfume para trolhas? Livros com trolhas lá dentro?
Isso é ridículo, são tão poucochinhos, ia logo à falência! Vê-se logo que não és entrepeneur,
O trolha não existe.  O entrepeneur, sim! É lindo e jovem. Anda arranjado, tem boa imprensa e faz coisas lindas e úteis!
tàs a ouvir ó trolha?


quarta-feira, 1 de julho de 2015

o problema é mais de 'parece' do que de 'ninguém'

Ninguém é o que parece! É uma grande verdade sobre a natureza humana.  A que melhor a define, peut-être. E daqui creio que não vem mal nenhum ao mundo. Ninguém é o que parece! É habituarmo-nos a isto, em vez de estarmos sempre a culpar 'ninguém'.

não sei como hei-de dizer isto

o arroz está cru!

tenho caracóis!!!


andava naquelas interrogações sobre o desejo, uma peçonha - como se deseja o que se deseja? respondeu com as conversas do vento: a força do vento, o desconcerto do vento...
odeio!
tenho caracóis!