quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

domingo, 27 de dezembro de 2009

Rosas e Vermes

Este ano, Papai Noël surpreendeu-me com "Songs of Innocence and of Experience- showing the two contrary states of the human soul". William Blake não só escreveu, como tratou da impressão, himself (1789).
Edição bilingue, delicadamente ilustrada, capa dura, que prontamente mostrei à Vi e ao Alfredo, dois apaixonados por poesia, por Blake, e um pelo outro (digo eu)!
Foi o Alfredo que abriu na página 39 (ao calhas, diz ele!) e anunciou, "The Sick Rose":

Ó Rosa estás doente.
O verme invisível,
Que voa na noite
Na tormenta horrível,
Descobriu-te a cama
Carmim garrida:
Seu negro amor secreto
Destrói tua vida.

Ei-lo!


Eu, a Vi e os Intelectuais

Eu e a Vi falamos muito sobre temas do dia a dia. Apreciamos, sobretudo, os mais corriqueiros, banais, (aparentemente) desinteressantes, até. Fartas de dar uma de cultas andamos nós, grande parte do tempo (e depois a engolir analgésicos para as dores de cabeça que isso provoca). O mais básico possível é que está bem e quando a conversa começa a subir muito de nível, arrepiamos caminho e regressamos, consentidamente, ao caixote do lixo. Nisso, estamos sempre de acordo!

Há dias, andávamos a tentar chegar a uma conclusão sobre quem tinha tido o namorado mais feio e desengraçado, de sempre. Depois de muita roupa suja esfregada, a Vi lá concluiu: foste tu, miúda, ou já te esqueces-te daquele intelectual sempre de preto, que parecia um filósofo, falava de política e punha o pessoal da turma a olhar para ele, como boi para um palácio?
Um tipo enfiado, de aspecto pavoroso, enfim, também andaste com cada um...
Nem respondi. Estava entretida a sugar a polpa viscosa do diospiro enquanto, ao som da palavra 'intelectual', a figura do P. se ia compondo na minha memória. Era o P., claro. Era ele!
Pois fica sabendo, Vi, que o P. era um feio-bonito. Singular. Além disso, levou-me à cinemateca tardes a fio, e fizemos belas sessões de leitura na sua imensa e eclética biblioteca. Apresentou-me Daggerman, Bradbury, Elliot, Blake e até "A Montanha Mágica " devorámos, em conjunto.
Em troca, ensinei- o a beijar. Sabes lá tu o que isso é!


Lembrar-me do P. levou-me por outras paragens. Fez-me pensar na extinção dos intelectuais. Aquele intelectual presente em todas as turmas (liceu, faculdade...). Aos 15 anos já tinha lido tudo e mais alguma coisa. Com um conhecimento dilatado sobre diferentes matérias, mas com um discurso agregador, rico e completo ( até para a idade). Sempre solitário, complicado, de poucas palavras... roupa escura, bom aluno. Uma figura bem identificada, que se tem vindo a extinguir, parece-me.
Muito provavelmente está a dar lugar a um outro género qualquer.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tender

"Não é bem infelicidade - escutei a Vi dizer -, mas sim uma certa incapacidade em tender para a felicidade. À maneira do Dr. Pasavento.

domingo, 20 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Odes

Prefiro rosas, meu amor, à Pátria...
ó Ricardo olha as pessoas, vá lá, não vais começar com isso
E antes magnólias amo, que a glória e a virtude...
ui! e ainda nem passámos S. Pedro. Sempre vens ao Benfica, amanhã ? (com esta é que o calo já)

Pontos Negros - Magnífico Material Inútil

Inauguro com Pontos Negros, que me inspiraram com o fantástico título do primeiro disco. São originais, muito talentosos e eu gosto muito de os ouvir. E de os ver, também