terça-feira, 30 de novembro de 2010

Considerações nada concisas sobre o excesso

Ludovico não era um desses homens vulgares. Era um homem feio.
- Desumano, de tão feio, ouvi-as dizer, entretidas a descaroçar frutos difíceis para a geleia.
Há algo nas pessoas feias que nos faz querer continuar a falar delas e sobre elas e eu não estou muito certa sobre a razão disso. Deve ser do excesso. Como não prestar atenção ao que nos ultrapassa?

Ludovico era um homem feio e não deixou a Lourença outra alternativa senão a de sucumbir ao excesso e cair desamparada numa paixão que elas diziam louca, mas que se veio a revelar cega.

2 comentários:

  1. Isso é o que eu chamo de conto de bolso. Curto porém com uma amplidão fantástica. Gostei muito.
    Wilde Portella

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  2. olá, tudo ok, amo poesias, em especial Florbella Espanca, bjks e sucessos

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