quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cidades

Nas cidades, gosto sobretudo de ver como as pessoas se organizam, como moldam o espaço, o habitam e o fazem seu.
O que levanta uma cidade são as suas ruas e eu começo sempre por aí: perscruto-as e dou-me a conhecer.  Há ruas e avenidas e há becos e travessas...  Há becos sem saída e outros que 'dão para' enormes avenidas.
A cidade é um organismo vivo, e isso é muito mais do que a simples soma das partes. Quantos segredos e mistérios não esconde uma cidade? E quem pode assegurar que os conhece?
Os lisboetas parecem-se com Lisboa? Como é que isso acontece? E os luandenses com Luanda?  E os moscovitas?

Quando visito uma cidade não dispenso:
 -viajar de autocarro dentro da cidade, em hora de ponta (sem destino);

e ver:
-saídas de estações de metro;
-farmácias;
-mercearias;
-entradas de prédios de habitação;
-montras
-pães e bolos das pastelarias (como se chamam, a que sabem e como estão arrumados nas prateleiras;
-jardins;
-igrejas (as católicas são as que mais gosto, mas espreito todos os locais de culto, cristãos, ou não. E tenho uma curiosidade especial pelas igrejas ortodoxas);
-a configuração das ruas - os seus 'nomes';

 e observar as pessoas:
-como se movimentam, vestem, cumprimentam...
-comem na rua?
-de se ocupam?
-o que fazem quando estão paradas?

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